Moradores de Mafra, cidade localizada no Planalto Norte catarinense, ainda estão em choque com a tragédia ocorrida nesta segunda-feira, 13, pela manhã. Uma jovem de 22 anos foi presa suspeita de matar a irmã de 4 anos. Ela foi encontrada pelos policiais na casa onde morava com a família, em estado de choque, logo após o crime. De acordo com o delegado Eduardo Borges, a suspeita sofria de problemas psicológicos e já esteve internada.
“A gente percebia que ela estava um pouco catatônica. A gente não sabia dizer se ela sabia o que fez. Vimos que a fisionomia dela estava catatônica. Cara de paisagem, nem esboçava reação”, revelou o major Márcio Lopes, chefe da Agência de Inteligência do 38º BPM (Batalhão da Polícia Militar).
Segundo Lopes, no momento do crime só estavam as duas em casa. Os pais estavam trabalhando. A mãe colhia algumas leguminosas no quintal e o pai trabalhava no supermercado, que dá acesso à casa da família.
A criança foi socorrida pelos familiares e levada até o hospital, onde não resistiu aos ferimentos e morreu. Já a irmã suspeita do crime se trancou no quarto, conseguiu fazer uma barricada para ninguém entrar no cômodo e se escondeu embaixo de cobertas.
A PM precisou realizar um cerco no imóvel e negociar com a jovem pela janela. “Larga a faca”, diziam os policiais à suspeita, na tentativa de fazê-la se entregar. Após tentativas de diálogo sem sucesso, as autoridades usaram spray de pimenta.
“Saturamos o quarto com gás de pimenta porque sabíamos que ela estava armada. Tentamos o diálogo, mas ela se recusava a colaborar”, explicou Lopes. Mesmo após ser atingida por uma taser, a jovem ainda tentou reagir e foi encontrada com duas facas. “Era uma situação delicada, pois estávamos lidando com uma pessoa com transtornos mentais”, destacou o major.
A jovem foi levada pelo ao pronto atendimento de Mafra para avaliação. Segundo a Polícia Civil, a irmã mais velha continuará presa após a liberação médica e a investigação solicitará um exame de sanidade mental.