O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) decretou nesta segunda-feira (4) a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.
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A Polícia Federal apreendeu o celular do ex-presidente Jair Bolsonaro ao cumprir mandado de prisão domiciliar nesta segunda-feira. Agentes da corporação foram à sua casa, em um condomínio de Brasília, no início da noite. A ordem partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em sua decisão, Moraes diz que houve “reiterado descumprimento de medidas cautelares”. O ministro justificou a medida com base na participação de Bolsonaro, via chamada de vídeo, na manifestação que reuniu apoiadores em Copacabana, na Zona Sul do Rio.
“Agindo ilicitamente, o réu Jair Messias Bolsonaro se dirigiu aos manifestantes reunidos em Copacabana, no Rio de Janeiro, produzindo dolosa e conscientemente material pré-fabricado para seus partidários continuarem a tentar coagir o Supremo Tribunal Federal e obstruir a Justiça, tanto que, o telefonema com o seu filho, Flávio Nantes Bolsonaro, foi publicado na plataforma Instagram”.
A decisão também impede a proibição de visitas, salvo dos advogados e de outras pessoas que sejam autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal.
Impedido de deixar Brasília e de usar as redes sociais por ordem de Moraes, Bolsonaro participou remotamente de manifestações a seu favor neste domingo. O vídeo com uma das falas, a apoiadores reunidos em Copacabana, no Rio, foi postado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), mas apagado horas depois.
No vídeo publicado por Flávio Bolsonaro, o ex-presidente é visto sentado, com a tornozeleira eletrônica visível, enviando uma mensagem por telefone aos manifestantes reunidos em Copacabana.
“Boa tarde Copacabana, boa tarde meu Brasil, um abraço a todos. É pela nossa liberdade, estamos juntos. Obrigado a todos, é pela nossa liberdade, pelo nosso futuro, pelo nosso Brasil. Sempre estaremos juntos! Valeu!”, disse Bolsonaro.
As restrições foram aplicadas a Bolsonaro após a Polícia Federal apontar indícios de que o ex-presidente tenta atrapalhar o processo em que é réu por tentativa de golpe de Estado.