“Dona Fátima” vira ré por cinco crimes pelos atos de 8 de janeiro

Maria de Fátima Mendonça Jacinto, de 67 anos, conhecida como “Dona Fátima”, virou ré por cinco crimes após invadir o STF (Supremo Tribunal Federal) nos atos de 8 janeiro de 2023. Moradora de Tubarão, no Sul de Santa Catarina, a mulher ainda teve a prisão preventiva mantida pelos ministros. O placar foi 10 a 1.

O julgamento contra Dona Fátima começou em 14 de agosto e terminou na sexta-feira (18).

Nove dos 11 ministros acompanharam integralmente o parecer do relator, Alexandre de Moraes.

O ministro Nunes Marques votou para tornar Fátima ré, mas divergiu sobre a manutenção da prisão. André Mendonça foi contrário sobre o recebimento integral da denúncia.

Não conseguimos localizar a defesa de Fátima. No processo, a idosa argumentou que o órgão julgador responsável por analisar o caso dela não deveria ser o STF e considerou “inépcia a denúncia”.

A viralização de vídeos do 8 de janeiro no TikTok em que aparece Dona Fátima, além de fotos registradas por ela na invasão ao STF, acabaram virando as principais provas da PF (Polícia Federal) para incriminar a idosa, moradora de Tubarão, no Sul do Estado.

As evidências reunidas no relatório da PF fizeram o ministro Alexandre de Moraes votar para tornar Fátima ré na ação penal que analisa a participação de acusados nos atos de 8 de janeiro.

No relatório do voto baseado no relatório da PF, Moraes pontua que, apesar de a mulher ter ativado o recurso de mensagens temporárias no WhatsApp, o que acabou apagando o registro de mensagens na data, foram encontradas fotos do dia, tiradas por ela.

Além disso, fotos e vídeos de Fátima passaram a circular no Facebook e no Tiktok durante a invasão. Em um deles, ela chama os ministros para “guerra” e confessa ter sujado “todo o banheiro” do STF.

Foi com base nas imagens que viralizaram que a PF identificou Maria de Fátima.