A praça situada na Rua Bento Cunha, ao lado da Secretaria de Obras, no Bairro da Barra agora se chama “Zileu da Silva”. A legislação foi proposta pelo vereador Anderson Santos, que participou do ato de sanção da Lei nº 5.046/2025 junto com a prefeita de Balneário Camboriú, Juliana Pavan, na tarde desta quarta-feira (18).
“O Bairro da Barra é o berço de Balneário Camboriú, então homenagear moradores que fizeram tanto pela comunidade é uma alegria para mim enquanto prefeita. Inclusive, a Praça Zileu da Silva acabou de ser toda revitalizada pela Fundação Municipal de Esportes, em um ato de cuidado e zelo pelo bairro”, declarou Juliana.
Autor do projeto de lei, o vereador Anderson Santos recordou com carinho do morador. “Zileu estava sempre disposto a ajudar, era um exemplo de solidariedade, dedicação e amor à Barra. Quando ele faleceu, vítima da pandemia, deixou uma lacuna irreparável na memória do bairro. Ele era um exemplo de humanidade, humildade e trabalho”, contou.
Os familiares de Zileu também estiveram presentes na sanção, entre eles, a filha Elis Teixeira. “Meu pai sempre trabalhou com muito amor pelo bairro, sempre foi muito dedicado. Ter esse reconhecimento do poder público nos deixa muito agradecidos. Na Barra somos todos uma grande família, cuidamos uns dos outros, e o amor do meu pai pela comunidade faz com que a gente ame e cuide da Barra”, disse.
Conheça a história de Zileu da Silva
Zileu chegou à Barra em 1970, acompanhado de sua esposa Maria Elizete da Silva e de um bebê de poucos meses, para tentar a vida como broqueiro, profissão que, à época, representava uma das principais atividades econômicas de Balneário Camboriú. Trabalhou arduamente na extração artesanal de pedras, na abertura de loteamentos e em obras de saneamento básico, deixando sua marca na infraestrutura e no desenvolvimento urbano da cidade.
Mais do que um trabalhador incansável, Zileu foi um verdadeiro líder comunitário. Foi acolhido pelas famílias Stein e Corrêa, a quem dedicava profunda gratidão e carinho, e ali formou sua própria família, criando quatro filhos, três deles nascidos na Barra. Sua trajetória foi marcada por ações concretas em benefício da coletividade: presidiu a Associação de Moradores da Barra por duas gestões a partir de 2003, participou ativamente do Conselho Fiscal da União das Associações de Moradores (2004/2005), e esteve à frente da Associação Cristã Beneficente da Barra (ACBB) a partir de 2002, sempre demonstrando profundo compromisso com os interesses sociais e com os mais necessitados.
Zileu teve papel fundamental durante o processo de fechamento das pedreiras, mediando o diálogo entre trabalhadores e autoridades, ajudando na fundação da Cooperbroc, e no cadastramento de todos os seus associados. Seu trabalho foi essencial para assegurar os direitos dos broqueiros e garantir a dignidade daqueles que, como ele, viveram do suor e do esforço nas pedras da cidade.
