Entre os investigados pela Operação Caronte que foram presos na manhã desta terça-feira (3), estão dois empresários do Norte de Santa Catarina. Eles atuam com serviços funerários na região e são suspeitos de compor uma organização criminosa que fraudava licitações em Criciúma, no Sul do Estado.
Os dois empresários são Fábio André Leier e Guilherme Mendonça. Eles são alguns dos responsáveis pelo Grupo Crematório Catarinense e Bom Jesus, e foram denunciados pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) no final de agosto.
Guilherme, inclusive, seria o responsável por um escritório do grupo localizado no município de Guaramirim, de acordo com a denúncia da Operação Caronte. A empresa fica na rua 28 de agosto, no centro da cidade, e está registrada como F.G. Serviços Póstumos.
Ambos os empresários são acusados de integrarem organização criminosa, fraude em licitação e oferecimento de vantagem indevida a servidor público. As penas máximas para cada um podem chegar a 36 anos de prisão.
Em nota, a defesa de Fábio Leier e Guilherme Mendonça se manifestou sobre as prisões:
“A defesa dos acusados Fábio e Guilherme, representada pelos advogados Helio Brasil e Deivid Prazeres, esclarece que entre a primeira fase ostensiva e a decretação da prisão preventiva não houve registro de qualquer fato novo justificador da medida extrema, tendo sido oferecida denúncia e iniciado, agora, o contraditório judicial, sem qualquer quebra da harmonia processual, motivo pela qual confiam que a decisão será revista, garantindo aos acusados o direito constitucional de responderem a acusação em liberdade”.