Anote na agenda: 5 de fevereiro de 2021. Neste dia, será discutido o futuro do aerporto de Navegantes em uma reunião em que estarão presentes o Secretário Nacional de Aviação Civil, Ronei Saggioro, dois representantes da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC), representante da Procuradoria Geral do Estado, a representante da OAB-SC, doutora Marcela Felício, o secretário da Infraestrutura de SC, Thiago Vieira, e uma equipe técnica que analisará aspectos que envolvem a especificidade do assunto.
Muitas empresas de Santa Catarina usam o aeroporto de Navegantes para a logística de transporte de cargas e dele dependem para a expansão comercial e para o crescimento de toda a região Sul , de modo que a discussão sobre a alteração no Plano do Ministério da Infraestrutura, quanto a concessão do Aeroporto Internacional de Navegantes, apresenta como principal reivindicação a construção de uma nova pista de pouso e decolagem de 2,6 Km.
No dia 10 de dezembro do ano passado, o Tribunal de Contas da União deu sinal positivo para a implantação da sexta rodada de concessões de nove aeroportos da região Sul, dentre eles o de Navegantes. O leilão deve ocorrer em abril de 2021.
O Aeroporto Afonso Pena, em Curitiba, lidera o bloco de concessões da região Sul e obrigará o concessionário a construir uma nova pista. O terminal, que já tem duas pistas, ganhará uma nova, com 3 mil metros.
“A terceira pista de Curitiba foi conquistada politicamente. Foi numa decisão política, culminando com seis audiências e com a participação do governador do Paraná, que a pista foi conquistada. Então, não é verdade que pesquisas de mercado deram uma terceira pista para Curitiba e, automaticamente, tiraram a segunda pista de Navegantes. O que estou falando aqui é política. Isto foi política num momento de vulnerabilidade do nosso estado. Por isso nós queremos uma reunião técnica”, comentou o senador Espiridião Amin.
“Essa reunião técnica é crucial. Volto a fazer um apelo político. Nós não vamos aceitar este edital como fato consumado. Se não houver uma modificação na postura do Ministério da Infraestrutura em relação a este edital, vamos ter uma grande demanda judicial. Este assunto não vai ser resolvido na base do fato consumado. É uma manifestação política”, finalizou o Senador.