A Petrobras confirmou que, a partir de amanhã, reajustará o preço médio da gasolina, nas refinarias, em R$ 0,15. Segundo a companhia, o derivado passará a ser vendido pela companhia a R$1,98 por litro.
A estatal destacou, em nota, que seus preços têm como referência os preços de paridade de importação (PPI) e, dessa forma, acompanham as variações do valor do produto no mercado internacional e da taxa de câmbio, para cima e para baixo.
A empresa citou que, em 2020, o preço médio da gasolina comercializada pela companhia atingiu mínimo de R$ 0,91 por litro e que, segundo dados do Global Petrol Prices, de 11 de janeiro, o preço médio ao consumidor de gasolina no Brasil era o 52º mais barato dentre 165 pesquisados, estando 21,6% abaixo da média de US$ 1,05 por litro.
O último reajuste da Petrobras ocorreu há praticamente três semanas, no dia 29 de dezembro de 2020. Na ocasião, a petroleira havia anunciado um aumento de 4% no diesel e de 5% na gasolina. Desde então, o barril do tipo Brent, referência internacional, acumula uma alta da ordem de 8%.
O reajuste se dá em meio a queixa de concorrentes de que a Petrobras vinha praticando preços abaixo da paridade internacional. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) chegou a enviar um ofício, este mês, ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), alertando o órgão antitruste para práticas de “preços predatórios” por parte da estatal.
Mais caros nos postos
O preço do combustível fóssil adquirido pelos motoristas e de seu competidor renovável, o etanol hidratado, deverá subir quase 5%, nas contas da consultoria FG/A.
O litro da gasolina que sai de Paulínia subiria de R$ 4,30 para R$ 4,50, um acréscimo de 4,7%. Trata-se de um patamar maior do que os registrados ainda antes do início da pandemia.
Admitindo que etanol hidratado, que competem com a gasolina, deve se manter dentro da paridade de 70%, o biocombustível pode subir para os motoristas em até 4,7%, ou R$ 0,14 o litro, calcula a FG/A. Na semana passada, o preço médio do etanol nos postos paulistas ficou em R$ 3,038. Dessa forma, o ajuste elevaria o preço nas bombas para até R$ 3,178 o litro.
Para as usinas de etanol, o efeito do reajuste da Petrobras pode ser um acréscimo de R$ 0,06 o litro, descontados os impostos e custos logísticos.